Jaguaripe/ Bahia: a primeira Vila do Recôncavo Baiano

Quem acompanha o blog sabe que sempre desviamos o caminho para conhecer um cantinho da Bahia e sempre nos esbarramos em algo simples, porém encantador. E como sempre digo é o que me faz amar cada vez mais este Estado. Tanto pelo seu povo, por sua história e por suas belezas naturais. Vamos conhecer um pouco deste município chamado Jaguaripe.



Como chegar em Jaguaripe ( Bahia)







De ferry- fazer a travessia do Terminal Marítimo de São Joaquim até Bom Despacho e seguir pela BA 001 e depois a BA 883 que está toda asfaltada e em bom estado de conservação.

Ou pelas BR's 324 e 101, BA 001 - quando estiver na BA 001, observe as placas indicativas e siga a BA 883. Da rodovia até o Centro de Jaguaripe são 14 km. Estrada excelente.

Ônibus - saindo de Bom Despacho pela Viação Cidade Sol, confira os horários no site da Agerba, clique aqui

O que ver em Jaguaripe (Bahia)

O processo de urbanização do Recôncavo obedeceu em um primeiro momento a critérios defensivos e administrativos. De alguma forma ele reproduz a própria fundação de Salvador, em 1549, como cidade-porto e cidadela. Não é sem razão que Jaguaripe, situada na entrada da “barra falsa” da Baía de Todos os Santos e foz de um rio navegável, foi a primeira povoação, depois de Salvador, a ser transformada em vila, em 1697, seguida por Cachoeira, no limite de navegação do Paraguaçu, e São Francisco do Conde, no ano seguinte.

Paço Municipal, Prefeitura de Jaguaripe
O que escrevo aqui não é um roteiro, mas o que vimos naquele dia. Meu pai foi resolver algo na prefeitura, enquanto isso caminhamos pela Orla.


Rio Jaguaripe e uma pequena embarcação. Tenho muita vontade de navegar num barquinho desse. Algo tão simples, mas de uma engenharia incrível!


Observe a variedade de embarcações no Porto de Jaguaripe

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Entramos no Paço Municipal que oferece uma vista belíssima do Rio Jaguaripe. Acho que há visita guiada pelo Casarão. 




Vista da Prefeitura para o Rio

“Uma particularidade que a tornou famosa foi a arquitetura, que permitia, a depender do movimento da maré, que a água penetrasse por baixo da edificação e inundasse quase que por completo sua solitária”, explica o vereador e historiador Péricles da Silva. Segundo ele, os homens que estivessem ali ficavam praticamente submersos, vulneráveis a doenças e ataque de animais. Era uma forma de execução lenta para criminosos de grande periculosidade e presos políticos. Fonte : Jornal Correio da Bahia.
o texto acima se refere a esta parte inferior do casarão do Paço Municipal
Achei o máximo a população a beira do Rio se divertindo. Imagine, poder se refrescar no Rio Jaguaripe numa tarde quente na Bahia...



Caminhamos um pouco mais e vi este casarão bem antigo o que nos mostra um passado rico em história.


A Praça é uma fofura. Toda ornamentada ainda com os enfeites de Natal. Árvores bem podadas e vi uma coisa tão luxuosa: um jovem armou uma rede nesta Praça e deitou pra acessar internet pelo celular e bater papo com o amigo. Uma cena que me levou à váááárias leituras. 

Praça da Bandeira



E pra finalizar em alto estilo, um delicioso almoço no Restaurante da Angélica com uma vista magnífica. O pedido? Moqueca de aratu acompanhado de feijão, arroz e um pirão maravilhoso .Uma das melhores moquecas de aratu que já comemos na vida!
Moqueca de aratu

almoçando com esta vista, dá trabalho ir embora...




História

No século 16, quando os primeiros europeus chegaram a região, ela era habitada pela tribo tupi dos tupinambás.

Entre 1558 e 1572, surge Jaguaripe durante  a 3ª Governadoria-Geral do Brasil, a de Mem de Sá.

Os Jesuítas convenciam os índios a descerem de suas aldeias para as aldeias formadas pelos jesuítas próximas das das Vilas coloniais. Isto era o descimento. Este trabalho era dirigido por jesuítas, e seu intuito era facilitar a introdução indígena na sociedade civil convertendo os mais velhos e alfabetizando as crianças, bem como garantir acesso à sua mão-de-obra para os jesuítas e colonos.

Em 1560,  surgiu a missão da Ilha de Itaparica, sob a inspiração da Santa Cruz, criada pelo padre Pedro Lírio da Grã.

Entre 1560 e 1568, apareceu uma grande epidemia de varíola que dizimou grande parte do centro. Então, os jesuítas resolveram transferir a aldeia de Santa Cruz com os índios ainda sadios para Jaguaripe, ou seja, para o local situado a duas léguas da foz do rio (onde hoje se encontra a cidade), até que findasse a peste.

Neste tempo, foi construída uma igrejinha, em torno da qual começaram a aparecer moradores que foram se fixando ali e formando o povoado que, mais tarde, se tornaria freguesia.

Em 1613, o bispo dom Constantino Barradas denominou-o freguesia Nossa Senhora da Ajuda de Jaguaripe.
Em 22 de Maio de 1693, a freguesia tornou-se vila - a primeira do recôncavo - mas só foi instalada pelo governador-geral dom João de Lencastre em 15 de dezembro de 1697, sob o nome de Vila Nossa Senhora d'Ajuda de Jaguaripe.
Em 12 de Maio de 1899, foi elevado à condição de município com a denominação de Jaguaripe, pela Lei Estadual nº 296.
Em 08 de Julho de 1931, pelo Decreto Estadual nº 7479, o município foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Aratuípe.
Em 05 de Agosto de 1931, foi elevado novamente à categoria de município com a denominação de Jaguaripe e desmembrado de Aratuípe.

Fonte: Wikipedia

Datas Comemorativas

26 de Janeiro- Regata Jaguaripe/ Cacha Prego
12 de Maio- Emancipação da cidade

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Ponta dos Garcez pelo Blog Baianos no Polo Norte
Onde ficar

Pousada do Minguito - (71) 98175-3989
Pousada Porto Jaguaripe - (75) 3642-2137
Pousada Santa Rita- (75) 3642-2133
Pousada Paraíso Perdido (Ponta dos Garcez) - (75) 3667-9038

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