Igreja e Convento do Santo Antônio do Paraguaçu
- Localização: São Francisco do Paraguaçu, Recôncavo Baiano.
- Relevância: Igreja e Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, fundado em 1649, mas o projeto é de 1658, de autoria de Fr. Daniel de São Francisco. Este modelo logo se difundiria em Pernambuco e Paraíba, formando a Escola Franciscana de Arquitetura do Nordeste. Três elementos de origem indo-portuguesa parecem ter contribuído para a criação do primeiro partido arquitetônico genuinamente brasileiro: um grande cruzeiro, fachada inscrita em triângulo e laterais avarandadas.
- Estado de conservação: o mato cresce ao redor da construção e dificilmente encontramos o edifício aberto para visitação. A sensação é de abandono, mas o local pode ser visitado e tem uma vista linda para o Rio Paraguaçu.
Confira um passeio por Santiago do Iguape e São Francisco do Paraguaçu por
terra e por
barco.

- Localização: Avenida Contorno, Salvador.
- Relevância: É um conjunto arquitetônico formado pelo solar, Capela de Nossa Senhora da Conceição, cais de desembarque, fonte, aqueduto, chafariz, armazéns e um alambique com tanques. Na ponte de acesso ao solar existem barras de azulejos de ornamentação barroca, produzidos em Lisboa, nos anos 1770 a 1780. O chafariz, originalmente alimentado pelo aqueduto, é uma peça barroca em arenito escuro, formado por uma carranca de onde jorra a água, e duas conchas superpostas. Depois de servir a ilustres personagens, funcionou como fábrica de rapé (1816-1926) e trapiche (1928), é adaptado, em 1962, para abrigar o Museu de Arte Popular da Bahia, segundo projeto de Lina Bo Bardi, sendo hoje as suas instalações ocupadas pelo Museu de Arte Moderna da Bahia.
- Estado de conservação: o museu está aberto ao público, o pier já não existe mais, o restaurante fechou, as apresentações de Jazz aos sábados, não são regulares e lutam para sobreviver. A área ajardinada e junto ao mar é fechada ao público, o terraço fecha justamente no horário em que o sol se põe e não há parada de ônibus próximo e o Museu não possui um site próprio.
Confira como é a
Jazz no MAM.
Museu do Recôncavo Wanderley Pinho
- Localização: Caboto, Candeias.
- Relevância: Museu do Recôncavo Wanderley Pinho é um museu brasileiro localizado no distrito de Caboto, cidade de Candeias, estado da Bahia. O acervo é formado por mais de 200 peças produzidas desde o século XVII, como roupas, paramentos, pinturas, cerâmica, objetos decorativos e mobiliário. É considerado um dos poucos locais do Recôncavo baiano a ter sua arquitetura original preservada. Além disso, é considerado um dos raros exemplares de edifício desenvolvido em torno de dois pátios para os quais se voltam quartos, salas e alcovas. A casa-grande é tombada como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1944.
- Estado de conservação: as imagens falam por si. É lamentável o estado de conservação deste local. Em 2009, foi iniciado um processo de restauro orçado em R$ 9 milhões e parte da edifício começou a ruir antes da reforma.
Forte de São Marcelo

- Localização: Baía de Todos os Santos, Salvador.
- Relevância: Situada na Baía de Todos os Santos e construída sobre uma coroa de areia que havia no local, em 1623, durante o Governo-Geral de D. Diogo de Mendonça Furtado. Sobre o portal de entrada existe um escudo de armas do Império, mutilado após a Proclamação da República, em 1889, onde a coroa monárquica foi substituída por uma estrela de cinco pontas. Transformada, em 2006, no Centro Cultural Forte de São Marcelo, abriga um rico patrimônio cultural.
- Estado de conservação: Fechado para visitação em 2011, o lugar foi reformado com a promessa de que logo estaria reaberto. Apenas em novembro de 2016 o equipamento foi entregue, com certo alarde, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após uma obra de restauro que durou dois anos e custou R$ 7,5 milhões. Na época, o órgão federal e a prefeitura anunciaram que “em breve” decidiriam o “uso cultural do bem”, mas até agora não há qualquer definição. ( Fonte: Jornal A Tarde)
Pergunte-se: quando foi a última vez que eu fui ou levei minha família ao museu da minha cidade?
Órgãos responsáveis em administrar o Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
Criado em 1937, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é uma autarquia federal do Governo do Brasil, vinculada ao Ministério da Cultura, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país. Tem a função de defender e favorecer os bens culturais do país proporcionando sua existência e usufruto para as gerações presentes e também futuras. Buscando a preservação dos tesouros da cultura nacional.
Contato: (71) 3266-0686/ (71) 3321-0133
Criado em 13 de setembro de 1967, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, atuando de forma integrada e em articulação com a sociedade e os poderes públicos municipais, estaduais e federais, na salvaguarda e proteção de bens culturais tangíveis e intangíveis baianos e na política pública do patrimônio cultural na Bahia.
Contato: (71) 3117-6480
Diretoria de Museus (DIMUS) que tem como missão formular, promover e garantir a implementação de políticas públicas para o setor museológico, visando contribuir com a criação, a organização, o desenvolvimento e o fortalecimento das instituições museológicas do Estado da Bahia e de seus acervos, colocando-os a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Contato: (71) 3117-6443
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) tem como missão formular e implementar, de forma articulada com a sociedade, políticas públicas que expressem a centralidade da cultura na transformação e no desenvolvimento social e valorizem a diversidade cultural da Bahia, nas suas dimensões simbólica, econômica e de cidadania, levando em consideração as particularidades dos 27 territórios culturais do Estado.
Contato: (71) 3103-3400
É muita gente pra cuidar de bens que estão abandonados, não é?
Histórico da Secretaria de Cultura da Bahia
Em 15 de julho de 1987, o então governador Waldir Pires criou pela primeira vez uma secretaria específica para gerir a cultura no Estado.
Em maio de 1991, a Secretaria de Cultura foi extinta pela reforma administrativa durante o governo Antonio Carlos Magalhães, através da Lei nº 6.074 de 22 de maio de 1991. No plano federal, o presidente Fernando Collor também desativou o Ministério da Cultura. Na Bahia, os antigos órgãos e atribuições da Secretaria foram incorporados pela Secretaria de Educação que passa a se chamar, de 1991 a 1994, Secretaria de Educação e Cultura.
Em
28 de dezembro de 2006, por solicitação do governador eleito Jaques Wagner e da equipe de transição de governo, a Secretaria de Cultura foi separada do Turismo.
Segundo o
Site R7 de notícias, a
situação dos museus no Brasil é a seguinte:
"O Brasil tem, segundo a plataforma Museus.org, 3788 museus, sendo 2324 públicos, e destes, 458 são federais. O Ibram, Instituto Brasileiro de Museus, é o órgão responsável por elaborar políticas públicas para todos os museus brasileiros. Mas também administra diretamente 30 museus, como o Museu Histórico Nacional e o Museu de Belas Artes, no Rio, o Museu Imperial, em Petrópolis, e o Museu da Inconfidência, em Minas. Em 2017, o orçamento do instituto foi de R$ 163 milhões. 95% foram executados, e na execução 96% foram para despesas obrigatórias, de pessoal e administrativa. Sobra portanto, muito pouco dinheiro tanto para a manutenção dos museus do Ibram, como para políticas públicas para outros museus públicos como o Nacional, administrado pela UFRJ."
Sendo assim, podemos listar algumas medidas práticas que incentivam o verdadeiro usufruto dos bens culturais do Brasil:
- estar presente nas redes sociais e alimentá-las com regularidade;
- dedicar um dia da semana ao acesso gratuito da população;
- abrir os bens culturais aos finais de semana e feriados;
- receber exposições relevantes ao público de artistas renomados;
- promover a acessibilidade ao público com parada de ônibus próxima ou transfer gratuito;
- verificar a boa sinalização indicativa em rodovias e ruas das cidades;
- projetos que incentivam o morador a visitar os museus por um valor mais barato apresentando o comprovante de residência;
- uso do museu como espaço público destinado a apresentações artísticas ( dança, música, teatro, etc) e espaço para oficinas de artes e outras atividades;
- possuir um site completo e informativo com os dados atualizados ( telefone, email, endereço, horário de funcionamento, valores, etc);
- buscar apoio da inciativa privada.
Pergunte-se: quando foi a última vez que eu fui ou levei minha família ao museu da minha cidade?
Sim, talvez a população já tenha tornado "cinzas" a cultura em nosso país e o fogo só faz o resto do trabalho. Mas se você não é desses, rsrsrs, clique aqui: